segunda-feira, 7 de abril de 2008

PÍFANOS

. Na feição nordestina a banda de pífanos é uma criação do mestiço brasileiro, que com sua criatividade e intuição musical adaptou o instrumental, dando-lhe a forma típica pela qual é conhecida no folclore brasileiro.

Por toda a região
Nordeste do Brasil e nos estados de Minas Gerais e Goiás são usados várias termos para denominar o conjunto: Banda de Pífanos, Banda de Pife, Música de Pife, Zabumba, Cabaçal, Esquenta-Mulher, Banda de Negro, Terno, Banda de Couro (Goiás), Musga do Mato, Pipiruí ( Minas Gerais).

Assim como a sua denominação varia, a sua composição também tem seÉ um conjunto instrumental de percussão e sopro, dos mais antigos, característicos e importantes da música folclórica brasiinstrumentos básicos são dois pífanos, um surdo, um tarol e um bombo ou zabumba.

leira. Historicamente o pífano remonta à época dos primeiros cristãos, que tinham no pífano, pifes ou pífora, uma maneira de saudar a Virgem Maria nas festas natalinasnsíveis diferenças, mas seus



Em Pernambuco, é composta por dois pífanos, uma caixa, um bombo, um surdo e um tambor.

Em Alagoas, além dos instrumentos básicos acrescenta-se um par de pratos e em certos grupos um triângulo e até um maracá para maior sonoridade.

No Ceará, também acrescentam-se prato, triângulo, caixa e zabumba e em Sergipe o triângulo e o ganzá.

Em Goiás, a Banda de Couro, como é chamada, é composta por bombo, caixa ou tarol e viola.

O pífano é o comandante da banda. É um instrumento semelhante à flauta, feito de taquara, uma madeira muito comum nas matas do sul de Pernambuco. É encontrado em três tamanhos: 65cm a 70cm, chamado Régua Inteiro, 50cm, o Três Quartos e o de 40cm, Régua Pequena. O som do pífano muda de acordo com o tamanho. Cada pífano tem sete orifícios, sendo seis para os dedos e um para os lábios (sopro). O segredo, tanto da confecção quanto da execução do pífano, é passado de pai para filho.

Os componentes das bandas são, na sua maioria, trabalhadores rurais que se ocupam da agricultura de subsistência, trabalhando no "alugado", ou cultivando sua pequena roça. Reúnem-se antes de cada apresentação e repassam o repertório. Não têm formação musical e tudo o que tocam é de ouvido. Entre as músicas mais executadas estão Asa Branca, Valsa, Mulher Rendeira, A Briga do Cachorro com a Onça, Sabiá, Guriatã de Coqueiro, A Ema Gemeu no Pé do Juremá, entre outras.

Um comentário:

kadu lopes de sá disse...

Músico e conhecedor da arte,sei como é dificil trabalhar nesse cenário que embora seja rico e abrangente, existe suas barreiras a serem quebradas. E são pessoas como Brayner que quero está nessa luta pra expandir o mercado das artes abrindo horizontes para a miscigenação de sons.